Campeonato Distrital do Inatel (Taça Fundação Inatel)
3ª Jornada
C.C.D.Quintos – 1/ UAI de Ficalho – 2
Realizou-se no último sábado, 12 de Novembro a 3ª jornada da Taça Fundação Inatel, jornada essa em que recebemos no nosso campo a equipa da Associação UAI de V.V. de Ficalho. Este jogo antevia-se difícil para as duas equipas, não só pela qualidade das mesmas, mas também pelo conhecimento mútuo existente entre elas, uma vez que nesta época desportiva, era a 3ª vez que se encontravam, embora esta fosse a primeira em termos oficiais.
Numa tarde de sol mas com um vento muitíssimo forte e para quem conhece, soprando da baliza “de baixo” para a “de cima”, fazendo talvez anunciar o temporal de Domingo à noite, num campo bem tratado e “fofinho”, encontraram-se as duas equipas, tendo o “nosso Quintos” apresentado a seguinte constituição:
12 – João Mateus; 14 – Nelson (Daniel Silva 50’); 3 – Nuno “Rato”; 4 – Filipe; 5 – David (J. Vaz aos 40’); 6 – Bina (A. Carlos aos 68’) ; 7 – Daniel Medeiro (J. Ralha aos 72’) ; 9 – Paulinho (André aos 55’ ); 10 – Marco Santos; 18 – José Bicho; 20 – Nuno Felizardo (Ismael aos 40’).
Suplentes: 1 – Nelson Charrua; 2 – João Vaz; 8 – João Ralha; 13 – António Carlos; 15 – Daniel Silva; 16 – Ismael; 17 – André Mestre.
O jogo teve o seu inicio sob as condições atmosféricas referidas atrás, tendo saído a equipa do Ficalho, o que indicia que quem escolheu o campo fomos nós, esquecendo-nos talvez daquela máxima tantas vezes referida de que “candeia que vai à frente ilumina duas vezes” ou então, como não treinamos, esperando que o vento na 2ª parte nos possibilitasse a compensação desse aspecto. Mas como nós costumamos dizer, está escolhido… está escolhido! Devemos dizer no entanto que o provérbio atrás referido fez juízo ao seu sentido. Foi muito difícil jogar contra o vento e acima de tudo contra uma das melhores equipas da nossa série. Aliado a isso “ o nosso Quintos” fez talvez a pior 1ª parte desta época. Tínhamos grande dificuldade na recuperação da bola, não nos conseguíamos organizar nem acertar na marcação e muito menos em sair para o ataque com algum perigo. Não foi portanto só o vento a contribuir mas também a forma como entrámos no jogo e acima de tudo a qualidade do adversário que soube e muito bem, aproveitar esses aspectos.
Foi assim que passámos por alguns momentos difíceis durante a 1ª parte, fruto da boa dinâmica da equipa adversária, assente num bom meio campo, dois bons alas e talvez no melhor Ponta de Lança do Campeonato Distrital do Inatel, com algum potencial para outras ” aventuras “, assim ele queira. Tentávamos sair, colocar em prática as nossas “ estratégias”, equilibrar o jogo e chegar com algum perigo à baliza do Ficalho, mas faltava-nos algo mais. Foi precisamente nesses momentos que o adversário em rápidos e perigosos contra ataques nos criou situações complicadas. Assim podemos referir, aos 7’, um livre apontado pelo capitão Flávio acerca de 30 metros da baliza que esbarrou na trave; aos 10’ um canto com a bola a ser cabeceada para a baliza e o João Mateus a responder com uma grande defesa de novo para canto. Seguiram-se uma série de cantos, fruto também do fortíssimo vento que se acentuou a partir dos 10 minutos de jogo, cantos esses que apesar das dificuldades criadas (muitas!) não resultaram em verdadeiras situações de golo. Por ironia, foi precisamente após um canto a nosso favor, que sofremos o primeiro golo aos 13’. Após recuperação da bola pelo G.R. esta foi batida rapidamente e atacada na disputa com o nosso defesa pelo avançado do Ficalho, que ganhando o ressalto e ainda distante da área, arriscou o remate ao qual correspondeu o nosso G.R. com uma grande defesa para a frente. Na recarga a equipa do Ficalho chegava ao golo, merecido, diga-se de passagem. Estava feito o 1 a 0.
Na sequência, conseguimos equilibrar um pouco mais o jogo. Promovemos de novo algumas alterações posicionais com troca entre os jogadores e conseguimos alguns cantos que diga-se não resultaram em perigo verdadeiro. Esse vinha sempre da matreirice da equipa adversária que apanhando-nos descompensados e com o vento pelas costas, chegava rapidamente à zona de finalização, embora não se registassem oportunidades de golo feito. Foi num desses cantos (33’) e quando o Ficalho saía de novo para o contra-ataque, que o seu capitão (Flávio), ainda dentro da área, controla a bola com a mão. Penalty sem margem para dúvidas e que ninguém reclamou. Chamado a converter, o nosso jogador, Daniel Medeiro, atirou para o lado esquerdo do G.R. com este a responder com uma grande defesa para a frente, tendo a recarga surgido para fora. Desperdiçava-mos assim a grande oportunidade surgida até aí para o nosso lado. Não desistimos e aos 38’, após uma boa jogada, agora nós em contra ataque, por intermédio do Paulinho, este ofereceu a bola ao colega José Bicho que rematou ainda de fora da área, fazendo a bola passar a rasar o poste esquerdo da baliza ficalheira. Chegava em seguida o intervalo e outras perspectivas se abriam para a 2ª parte.
Ao intervalo fizemos duas alterações e “ajudados” também pelo vento ou talvez porque as substituições resultaram, assumimos o jogo e começamos a criar algum perigo. Com esta postura acabámos por “destapar” atrás e o Ficalho acabou por aproveitar essa ousadia. Aos 45’, Ameixa atira às malhas laterais, quando isolado poderia ter feito mais. Seguem-se alguns contra-ataques perigosos em resposta a algum domínio territorial da nossa equipa, embora sem consequências. Aos 53’ e na sequência de um canto, surge para nós o momento decisivo do jogo. É um daqueles lances que tantas vezes surgem nas áreas entre os defesas e os avançados, muitas vezes sem que se dispute a bola (como foi o caso) e que o árbitro entendeu punir como falta passível de grande penalidade. Foi penalizador para o Daniel Medeiro, pois para além de ter falhado uma grande penalidade, viu uma acção normal de jogo em que também foi agarrado ser punida com um pontapé dos 11 metros. Ameixa não se fez “rogado” e o 2 a 0 estava alcançado. Começou talvez aí um conjunto de asneiras da equipa de arbitragem que se traduziu em cerca de 8 cartões amarelos repartidos pelas duas equipas (muitos injustificados) e que culminou numa grande penalidade, aos 65’ a favor do Quintos, “supostamente” por falta sobre o Marco Santo, que caiu na área entalado entre dois adversários. O mesmo Marco Santos reduziu para 1 a 2. A partir daí foi o “tudo por tudo” da nossa equipa. Criámos algumas situações de perigo onde algo mais se poderia ter conseguido, mas sempre com respostas perigosas em contra ataque do adversário. Neste conjunto de situações destacamos aquelas mais evidentes e que se resumem a um remate perigoso na esquerda do ataque do Ficalho (67’), ao qual o João Mateus responde com uma boa defesa a dois tempos; uma boa jogada de envolvência da nossa equipa com a bola a ser metida no José Bicho, solto na “meia lua” e com a baliza aberta a colocar no canto mais distante do guarda-redes (70’), fazendo-o tão bem e de tal forma que a bola acabou por sair a rasar o ângulo e a situação criada pelo Nuno “Rato”, que isolado e descaído para o seu melhor pé, dentro da área, perde o momento exacto do remate (75’). Estes últimos 15 minutos foram de uma supremacia evidente da nossa equipa e com uma entrega total dos nossos jogadores o que nos deixa um enorme “amargo de boca” pelo resultado final.
Podíamos ter conseguido e merecíamos um outro resultado. Mas também reconhecemos que o adversário se apresentou em Quintos sabendo aquilo que queria e conhecedor da equipa que tinha pela frente, soube levar a “água ao seu moinho”. Talvez a equipa com o desempenho menos conseguido em campo, tivesse sido a de arbitragem, pelos erros cometidos e pela forma como estes influenciaram o resultado final. Mas todos nós falhamos! Eles de certeza absoluta que não o fizeram intencionalmente. Aconteceu! Para a próxima será melhor.
Como sempre uma palavra para o adversário. Uma boa equipa que pela qualidade de jogo que apresentam e também pela qualidade de alguns jogadores que a representam, valorizam de sobremaneira este campeonato Distrital do Inatel e esta Série D. Continuem assim.
Para o C.C.D. Quintos? A nossa entrega, a nossa atitude e garra em campo (atenção que não treinamos!) deixam de certeza nos adversários alguma “inveja” e admiração. Sabemos que melhores dias virão. Qual é a equipa que faz em média seis substituições por jogo e não quebra? Nós! Isso é sinónimo de que os 25 são muito parecidos e que a equipa mantêm, independentemente dos jogadores convocados, o mesmo nível competitivo. Até esta jornada apenas 4 atletas não foram utilizados oficialmente, sendo um deles o G.R Nelson Charrua que apesar disso, tem integrado todas as convocatórias. Destes, dois serão utilizados na próxima jornada. Ficará a faltar o Bruno. Para ele um conselho. Não desistas! Só tens 16 anitos e muito tempo para aprender com os teus colegas. A tua oportunidade há-de chegar.
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